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Aos Filhos da Serpente

Hoje em dia, fica muito difícil ignorar algumas teorias conspiratórias. Políticos, veículos midiáticos e, até mesmo, artistas acenam com sinais que beiram ao deboche. Soam a deboche porque, por mais óbvios que possam parecer, esses sinais nos advertem: “Ninguém vai ouví-los se vocês tentarem alertar. Ninguém se importa.”

O meio mais utilizado para proclamar, de forma nada sutil, a soberania da Irmandade da Serpente é a música. Há canções e performances de artistas que, literalmente, tecem loas à Serpente Antiga (Är-Cän). Na maioria das vezes, à primeira vez que ouvimos essas composições, acabamos por não notar o conteúdo que alude à Serpente, mas mentes mais treinadas ignoram-no por muito tempo.

Essa semana, tive contato com a composição Tacape, do maranhense Zeca Baleiro. Pessoalmente, aprecio a maioria de suas composições. Vejo talento e originalidade no Zeca. Mas, não fecho os olhos para o que considero “insidioso”. Inclusive, é razoável pensar em Zeca Baleiro como membro de alguma sociedade “discreta”. Com sua Arte, poderia dedicar parte de sua inspiração a ajudar os “irmãos” e celebrar os valores da Irmandade na sociedade.

Tacape

Abaixo, vídeo e letra da canção Tacape (com notas), de Zeca Baleiro:

  1. Você tem quase tudo,
  2. Quase tudo que lhe basta.
  3. E eu carrego, em meu nome,
  4. A fome que me devasta.
  5. Você tem quase tudo,
  6. Quase tudo que o sacia.
  7. E sua fala, feito bala,
  8. Não me cala, silencia.
  9. Você tem o veneno na ponta da língua;
  10. Ódio cego cresce em sua alma feito íngua.
  11. Se o mundo não for seu,
  12. Não será mais de ninguém;
  13. Se o mal é meu,
  14. É seu, também.
  15. Se o mundo já foi de Deus,
  16. Hoje deve ser de alguém:
  17. Se pertence aos seus,
  18. Aos meus também.
  19. Você tem tudo,
  20. quase tudo, em sua mão:
  21. Voz e vez, e mais o escudo da Razão.
  22. Mas, você não sabe fazer canção.

Análise

A letra é clara como a neve. Parece mesmo ser um diálogo cantado com o Príncipe deste Mundo, Satanás, anjo que é apresentado, pela tradição judaica, como a ira do Senhor (comp. 2 Sam, 24:1, com 1 Crôn, 21:1).

Pontos de destaque:

  • vv. 1-4: Satã tem quase tudo a seu dispor, enquanto o homem tem ânsia de tudo, de tudo é carente.
  • vv. 5-8: Satã tem quase tudo que produz saciedade, e sua falsa sabedoria silencia o ignorante ser humano.
  • vv. 9-10: “veneno na ponta da língua” e “ódio cego” lembram as duas possíveis traduções de Samael, outro nome atribuído ao Príncipe das Trevas (“veneno de Deus” e “Deus Cego”).
  • vv. 11-14: Contesta o autor a Satanás, a Serpente Antiga, sobre a origem do mal do Homem: “se o mal é meu, é seu também”. Não haveria outro em posse do Mundo, além dele.
  • vv. 15-18: O autor supõe que este mundo já não pertence mais a Deus (Deus, como a tradição cristã nomeia Yahweh). Também supõe que, se o Mundo atualmente pertence aos filhos da Serpente, também pertence aos mortais humanos.
  • vv. 19-22: O autor exalta a Razão como atributo original da Serpente, além de seu alcance e poder (“voz e vez”). Porém, deplora sua secura de sentimentos e de senso estético e harmônico.

Contexto

Para os gnósticos, o Demiurgo – Criador deste Universo – é representado por uma serpente negra com olhos de fogo, chamada Yaldabaoth. Este Ser é identificado como uma referência a Yahweh. Satanás seria um adjetivo aplicado a um dos anjos criados por Yahweh (Yaldabaoth, Saklas, Abraxas, etc.), além de receber outros nomes, com Samael entre os mais marcantes.

A Criação, ao contrário daquilo em que muitos cristãos creem, seria imperfeita, assim como o é seu Criador, fruto do desejo não natural de Sophia. O Mal gera ignorância, que procria novos males. O Mal é o Bem reduzido a uma lei morta, aborto de um princípio vivo, apoiado em supostos benefícios que, no entanto, não geram vida alguma.

Não é novidade que, neste Universo, os seres antigos conhecidos como Dragões são os senhores da guerra, extremamente poderosos e dominadores. As raças humanoides são minorias e, em sua maioria, servem como escravas nos domínios físicos e astrais draconianos. Na melhor das hipóteses, civilizações humanoides conseguem resistir, com algum sucesso, à sanha autoritária das civilizações tecnologicamente avançadas dos filhos da Serpente, outra denominação para os seres draconianos.

Mesmo os seres considerados “benéficos”, como Mikhael, são eles mesmo dragões da Lei, ainda que mais tolerantes e dispostos a preservar a Justiça e à evolução. De qualquer forma, o autor deste blogue considera a Consciência como peso que aterra a essência aos estratos inferiores da Existência, aprisionando mais do que libertando. A mobilidade da Consciência é apenas relativa, pois que, quão mais expandida, maior o “peso relativo da periferia sobre seu centro”.

Por Júlio [Ebrael]

Blogger, amateur writter, father of one. Originally Catholic, always Gnostic. Upwards to the Light, yet unclean.

// Port.: Blogueiro, poeta amador, pai. Católico, casado. A caminho da Luz, mas sujo de lama.

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